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sábado, 4 de abril de 2009

Vendas de celulares afastam crise e reagem em março

Fabricantes e operadoras já veem melhora no mercado; banda larga móvel também apresenta crescimento forte


Março chegou ao fim e com ele terminou também o temor da indústria de celulares de que a crise financeira que abala os mercados da Europa e Estados Unidos se fizesse sentir no mercado brasileiro.

"A crise não pegou aqui", garantiu um executivo da indústria que pediu para não ser identificado. Março registrou vendas melhores do que as de janeiro e fevereiro, que foram fracas, e praticamente tão boas quanto as de março do ano passado.

Sabe-se que a recuperação do movimento começou na segunda quinzena de fevereiro, depois de um mês de janeiro muito ruim e uma metade de fevereiro também fraca em vendas.

A Motorola, uma das grandes fabricantes do setor, confirma a tendência de que o mercado está reagindo melhor, conforme afirmou o diretor de marketing, Rodrigo Vidigal.

O Natal de 2008 ficou aquém das expectativas do mercado, embora tenha sido muito bom. E como as operadoras estavam estocadas, suas encomendas murcharam em janeiro e fevereiro, enquanto havia telefones comprados, à espera dos clientes.

Melhora à vista

A perspectiva daqui para frente é de melhoria, uma vez que o Dia das Mães se aproxima e representa para celulares uma data tão boa ou até melhor do que o Natal.

Há dois fatores que sustentam a boa performance de março: a competição acirrada entre as operadoras e a fase de implantação da terceira geração (3G).

Com relação à competição, é sabido que num ambiente de grande concorrência, quem baixar a guarda, perde fatia de mercado. Além disso, a possibilidade de utilizar a banda larga pelo celular é motivadora de muita troca de aparelhos nas classes B e C.

Sabe-se também que a instabilidade do câmbio é fator de estresse entre fabricantes e operadoras. Mas ainda não chegou a interferir no abastecimento farto de modelos, incluindo os mais sofisticados de 3G. "São aparelhos comprados nesse trimestre, o que significa que já estão fora do tabelamento estabelecido entre fabricantes e operadoras em R$ 1,60 por dólar no ano passado", afirmou executivo próximo ao mercado, que pediu para não ser idenficado.

Sabe-se que na disputa travada entre os fabricantes, a Nokia se mantém na liderança, a Motorola perdeu fatia de mercado mas, segundo a Nielsen, está em segundo lugar junto com a LG nas vendas acumuladas em janeiro e fevereiro. E a Samsung tomou algumas medidas para avançar sobre suas competidoras e se fixar em segundo lugar, tendo investido em infraestrutura e marketing.

Dentre as operadoras móveis, estão mais agressivas a Vivo, Claro e Oi. A TIM, aparentemente, preserva a rentabilidade e o cliente de maior valor.

Banda larga avança

O fenômeno que marca a entrada da banda larga na telefonia celular, a 3G, também registra crescimento vigoroso. Embora as operadoras não tenham detalhado percentuais de avanço, sabe-se que o crescimento do tráfego de dados é constante e progressivo, conforme afirmou fonte ligada ao segmento dos fornecedores.

Aliás, esse progresso dos dados interfere negativamente no tráfego de voz e de mensagens curtas (SMS), o que explica em parte os problemas de qualidade que todas as redes estão enfrentando no momento no País.

"A questão é que a velocidade de implementação de infra-estrutura é limitada. A indústria não consegue mão-de-obra e nem equipamentos com a rapidez desejada pelas operadoras", afirmou a fonte. Os desembolsos têm sido elevados, mas as redes ainda não conseguem trafegar voz e dados a contento.

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