Para superintendente de serviços privados, Jarbas Valente, cálculo do preço terá mais peso em outros itens
O superintendente de serviços privados da Anatel, Jarbas Valente, garante que a tendência da Anatel de incluir a mobilidade plena nas regras que deverão prevalecer para o leilão de frequências de 3,5 GHz não deverá representar um preço mais elevado para as licenças. Segundo ele, vários fatores que serão levados em consideração na hora de se definir o preço mínimo, como infra-estrutura, abrangência, serão comuns aos dois tipos de serviços, móvel e nomádico. Nem mesmo o plano de negócios que envolveria o uso da mobilidade deverá ter um peso muito grande, afirmou.
Uma das preocupações manifestadas durante o período de consulta pública do regulamento de uso dessa faixa envolvia o fato de não ser preservado o uso nomádico, ou estacionário, desse espectro. Isso causaria mais dificuldades para as empresas que se interessam apenas para a compra da faixa para aplicações com esse perfil. A mobilidade, tradicionalmente, tem os leilões com os preços mínimos mais elevados. "Não vamos considerar esse tipo de mobilidade", comentou Valente.
Além dos 10 MHz que serão destinados para a inclusão digital dos governos federal, estaduais e municipais, poderão participar da disputa dos 190 MHz de espectro as empresas do STFC (Serviço Telefônico Fixo Comutado), do SMP (Serviço Móvel Pessoal) e do SCM (Serviço de Comunicação Multimídia).
Segundo um analista do mercado, que prefere não se identificar, a mobilidade não deverá mesmo ter muito peso no leilão de 3,5 GHz já que não se trata de uma faixa que em sua totalidade é reconhecida como IMT (terceira geração) para as Américas. Em função disso, o interesse das operadoras móveis por esse espectro deverá envolver mais projetos de infraestrutura do que de cobertura e competição nesse mercado. "As empresas não deverão ter o ganho de escala de equipamentos de 3G para esse espectro já que não deverá haver muito produto de evolução tecnológica sendo desenvolvido nessa faixa", comentou. Já a de 2,5 GHz, escolhida já por três países da Europa para implantação do LTE (Long Term Evolution) deverá ter outro peso para as móveis.
Por Wanise Ferreira / Telecom Online
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