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terça-feira, 31 de março de 2009

Mobilidade no leilão de 3,5 GHz não deve encarecer preço da licença, garante Anatel


Para superintendente de serviços privados, Jarbas Valente, cálculo do preço terá mais peso em outros itens


O superintendente de serviços privados da Anatel, Jarbas Valente, garante que a tendência da Anatel de incluir a mobilidade plena nas regras que deverão prevalecer para o leilão de frequências de 3,5 GHz não deverá representar um preço mais elevado para as licenças. Segundo ele, vários fatores que serão levados em consideração na hora de se definir o preço mínimo, como infra-estrutura, abrangência, serão comuns aos dois tipos de serviços, móvel e nomádico. Nem mesmo o plano de negócios que envolveria o uso da mobilidade deverá ter um peso muito grande, afirmou.
Uma das preocupações manifestadas durante o período de consulta pública do regulamento de uso dessa faixa envolvia o fato de não ser preservado o uso nomádico, ou estacionário, desse espectro. Isso causaria mais dificuldades para as empresas que se interessam apenas para a compra da faixa para aplicações com esse perfil. A mobilidade, tradicionalmente, tem os leilões com os preços mínimos mais elevados. "Não vamos considerar esse tipo de mobilidade", comentou Valente.
Além dos 10 MHz que serão destinados para a inclusão digital dos governos federal, estaduais e municipais, poderão participar da disputa dos 190 MHz de espectro as empresas do STFC (Serviço Telefônico Fixo Comutado), do SMP (Serviço Móvel Pessoal) e do SCM (Serviço de Comunicação Multimídia).
Segundo um analista do mercado, que prefere não se identificar, a mobilidade não deverá mesmo ter muito peso no leilão de 3,5 GHz já que não se trata de uma faixa que em sua totalidade é reconhecida como IMT (terceira geração) para as Américas. Em função disso, o interesse das operadoras móveis por esse espectro deverá envolver mais projetos de infraestrutura do que de cobertura e competição nesse mercado. "As empresas não deverão ter o ganho de escala de equipamentos de 3G para esse espectro já que não deverá haver muito produto de evolução tecnológica sendo desenvolvido nessa faixa", comentou. Já a de 2,5 GHz, escolhida já por três países da Europa para implantação do LTE (Long Term Evolution) deverá ter outro peso para as móveis.


Por Wanise Ferreira / Telecom Online

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