
Faixas irão contemplar a tecnologia WiMax; ideia é impulsionar mercado de banda larga no País
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) se prepara para colocar no mercado pelo menos duas licitações de radiofrequência este ano como forma de impulsionar o uso da banda larga no Brasil, por meios fixos ou móveis.
O gerente geral de comunicações pessoais e terrestres da Anatel, Nelson Takayanagi, afirmou na quinta-feira (19/02), em Lisboa, que a agência pretende iniciar este ano a licitação da faixa de 3,5 GHz e, em dois meses, lançar a consulta pública para a faixa de 2,5 GHz.
Em ambas as faixas é possível se conectar com a tecnologia WiMax, de banda larga sem fio. Em 2010, o órgão regulador também quer avaliar o uso da faixa de 450 MHz para conexões à Internet.
"Em 2018 estimamos 120 milhões de acessos de banda larga móvel no Brasil", disse Takayanagi. "Em junho de 2008 havia no Brasil 830 mil acessos em banda larga e em dezembro o número já era de 2,435 milhões", citou.
TV paga versus celular
Simultaneamente, o conselho discutiu colocar em consulta pública também a faixa de 2,5 GHz. "Não está sendo fácil porque há interesse das operadoras móveis - Vivo, Claro, TIM, Oi, Sercomtel e CTBC -, que reivindicam toda essa faixa para trafegarem dados em banda larga, enquanto os operadores de TV paga - Net, TVA, etc - utilizam a faixa hoje para sinais de TV e querem mantê-la", afirmou.
Companhias como a TVA oferecem o serviço de TV por assinatura em diversas cidades brasileiras através da tecnologia de microondas de rádio (MMDS, da sigla em inglês) na faixa dos 2,5 GHz atualmente.
"As operadoras móveis dizem que essa é a faixa do futuro. Seria a fase seguinte da banda larga móvel, um padrão mundial", disse.
Takayanagi afirmou que a Anatel deve destinar parte da frequência para a televisão e parte para a banda larga pelo celular.
Com a consulta pública, "a idéia é colocar isso para discussão. Não é possível esperar mais tempo", considerou.
No caso da faixa de 3,5 GHz, a Anatel chegou a agendar um leilão em setembro de 2006, mas um questionamento do Tribunal de Contas da União (TCU) e algumas liminares na Justiça levaram a agência a cancelar o processo.
"Na última licitação houve mais de cem interessados que apresentaram proposta firme", lembrou. Para a nova licitação, mais de mil empresas se interessaram.
Na licitação anterior, a Anatel proibia as concessionárias de participar. Elas, entretanto, entregaram propostas através de liminares na Justiça.
No novo leilão, Takayanagi entende que a agência terá de prever espaço para as grandes empresas sem esquecer de contemplar também as pequenas.
Uma forma de equilibrar o mercado talvez seja exigir que a grande libere espaço em sua rede para a pequena prestar o serviço, como no modelo das operadoras virtuais de celular.
Takayanagi afirmou que não há definição por enquanto e o assunto vai a conselho e consulta pública.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) se prepara para colocar no mercado pelo menos duas licitações de radiofrequência este ano como forma de impulsionar o uso da banda larga no Brasil, por meios fixos ou móveis.
O gerente geral de comunicações pessoais e terrestres da Anatel, Nelson Takayanagi, afirmou na quinta-feira (19/02), em Lisboa, que a agência pretende iniciar este ano a licitação da faixa de 3,5 GHz e, em dois meses, lançar a consulta pública para a faixa de 2,5 GHz.
Em ambas as faixas é possível se conectar com a tecnologia WiMax, de banda larga sem fio. Em 2010, o órgão regulador também quer avaliar o uso da faixa de 450 MHz para conexões à Internet.
"Em 2018 estimamos 120 milhões de acessos de banda larga móvel no Brasil", disse Takayanagi. "Em junho de 2008 havia no Brasil 830 mil acessos em banda larga e em dezembro o número já era de 2,435 milhões", citou.
TV paga versus celular
Simultaneamente, o conselho discutiu colocar em consulta pública também a faixa de 2,5 GHz. "Não está sendo fácil porque há interesse das operadoras móveis - Vivo, Claro, TIM, Oi, Sercomtel e CTBC -, que reivindicam toda essa faixa para trafegarem dados em banda larga, enquanto os operadores de TV paga - Net, TVA, etc - utilizam a faixa hoje para sinais de TV e querem mantê-la", afirmou.
Companhias como a TVA oferecem o serviço de TV por assinatura em diversas cidades brasileiras através da tecnologia de microondas de rádio (MMDS, da sigla em inglês) na faixa dos 2,5 GHz atualmente.
"As operadoras móveis dizem que essa é a faixa do futuro. Seria a fase seguinte da banda larga móvel, um padrão mundial", disse.
Takayanagi afirmou que a Anatel deve destinar parte da frequência para a televisão e parte para a banda larga pelo celular.
Com a consulta pública, "a idéia é colocar isso para discussão. Não é possível esperar mais tempo", considerou.
No caso da faixa de 3,5 GHz, a Anatel chegou a agendar um leilão em setembro de 2006, mas um questionamento do Tribunal de Contas da União (TCU) e algumas liminares na Justiça levaram a agência a cancelar o processo.
"Na última licitação houve mais de cem interessados que apresentaram proposta firme", lembrou. Para a nova licitação, mais de mil empresas se interessaram.
Na licitação anterior, a Anatel proibia as concessionárias de participar. Elas, entretanto, entregaram propostas através de liminares na Justiça.
No novo leilão, Takayanagi entende que a agência terá de prever espaço para as grandes empresas sem esquecer de contemplar também as pequenas.
Uma forma de equilibrar o mercado talvez seja exigir que a grande libere espaço em sua rede para a pequena prestar o serviço, como no modelo das operadoras virtuais de celular.
Takayanagi afirmou que não há definição por enquanto e o assunto vai a conselho e consulta pública.
por Gazeta Mercantil














As demissões na nova Oi já começaram. A empresa anunciou na semana passada o corte de 400 cargos de gerência e coordenação como parte do processo de reestruturação com a compra da Brasil Telecom (BrT) e, segundo a Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações (Fittel), cerca de 360 pessoas foram demitidas em todo o país ontem. “Só em Brasília, as informações que temos é que são mais de 100”, observa João de Moura Neto, secretário-geral da Fittel. Há rumores porém de que o número de pessoas desligadas da matriz da BrT na capital federal seja ainda maior. Segundo Brígido Ramos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações do Distrito Federal (Sinttel-DF), ainda não se sabe ao certo o impacto no DF, mas as informações que chegaram à entidade apontam para até 250 dispensas em Brasília.O corte de postos de trabalho na Oi traz à tona a polêmica se as condicionantes impostas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a aprovação da compra da BrT estão sendo cumpridas. Todas as vezes em que o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, foi questionado sobre o assunto, ele fez questão de frisar que o número de postos de trabalho seriam mantidos, mas que eram necessários ajustes. A conselheira Emília Ribeiro, relatora do processo de anuência prévia, porém, sempre afirmou que nenhum funcionário poderia ser demitido nas duas empresas até 24 de abril de 2011. Na visão da conselheira, o anúncio do corte de 400 postos na empresa já configuraria descumprimento das contrapartidas da anuência prévia, mas teria que haver provas de que isso ocorreu para a adoção das providências cabíveis. “Nem eu nem a Anatel podemos tomar qualquer providência baseada só no que tem saído na imprensa”, explicou.




