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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Com Vivendi, competição na banda larga deverá crescer


A excelente performance da GVT no segmento de banda larga nos mercados onde está presente, foi um dos pontos destacados pelo CEO da Vivendi, Jean-Bernard Levy, no comunicado oficial do empresa francesa sobre a compra do controle da operadora brasileira. Sua proximidade com o consumidor e a qualidade de produtos e serviços também foram mencionadas, além, é claro, de sua excelente performance.

A menção à banda larga, somada ao desejo da Vivendi, destacado no comunicado, de reforçar a presença da GVT nos mercados onde tem pequena presença, indica que a nova GVT vem para competir com a Telefônica, em São Paulo, e com a Oi em mercados como Belo Horizonte e Salvador, onde a espelho já fincou sua bandeira. E as concessionárias vão sentir logo o ataque. A Telefônica, além dos tropeços que sofreu com a suspensão temporária da comercialização do Speedy que lhe custaram, no último trimestre, um encolhimento de sua base de assinantes de banda larga, vai ter que se contrapor tanto ao avanço da Net, que já a superou em número de assinantes da banda larga, quanto da GVT. A Oi, que só tinha a Net em seu encalço nos mercados mais ricos, também vai ter de enfrentar a GVT.

Para as concessionárias, se trata de um competidor respeitável. A GVT tem os preços mais agressivos do mercado em banda larga e uma rede moderna que consegue oferecer maiores velocidade e melhor qualidade de serviço. Como entrante, ou seja, autorizatária, não carrega as obrigações das concessionárias. E pode escolher os mercados onde quer atuar, ou seja, aqueles que lhe dão retorno econômico.

A situação é de alerta para as concessionárias, mas também para a Net que vinha navegando em águas tranquilas na disputa pelos mercados mais ricos, que lhe permitiram amealhar 2,7 milhões de clientes de banda larga. Mas é muito mais delicada para a Telefônica, concentrada no mercado de São Paulo e ainda às voltas com as consequências, em termos de imagem junto ao consumidor, dos problemas enfrentados com o Speedy. Se as falhas do serviço poderão ser superadas com as medidas adotadas para sua melhoria, o problema de raiz permanece. Como disse um dos executivos no grupo ao ser anunciado o seu primeiro lance para a compra da GVT, “nós estamos isolados em São Paulo e cercados por todos os lados pela Oi”. Ou seja, se ela não sair de São Paulo, vai enfrentar problemas de desempenho no médio prazo. E como não há outra operadora já estabelecida a ser comprada, parece não ter outra alternativa pela frente a não ser investir em rede própria.


Por Lia Ribeiro Dias

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