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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Jogos Olímpicos: telecom forte é uma das exigências


Em entrevista ao IT Web, Alexandre Techima, da comissão Rio 2016, explicou principais pontos vistoriados pelo Comitê Olímpico

Que país não sonha em sediar grandes eventos esportivos? Além de atrair turistas, gerar empregos e renda e agradar a população, geralmente aficionada por esportes, as nações sedes colhem os benefícios deixados pelas melhorias promovidas para a realização de Copa do Mundo, Jogos Panamericanos e Olimpíada. Mas para chegar a este ponto, é preciso muito trabalho e os investimentos começam ainda na fase de candidatura, como afirma Alexandre Techima, diretor de infraestrutura da comissão da candidatura Rio 2016.

Techima cuida não apenas de detalhes envolvendo vila olímpica, transporte ou locais de competição. Toda a necessidade relacionada à tecnologia da informação está sob sua responsabilidade. Ciente disto, ele vem trabalhando forte para fazer da capital carioca a sede olímpica em 2016. Em entrevista ao IT Web, Techima compartilhou algumas exigências que o Comitê Olímpico faz e se mostrou otimista em relação à infraestrutura que o Rio já oferece.

"Com os Jogos Panamericanos, o Rio criou condições para sediar a competição como nunca teve. Nas candidaturas 2004 e 2012 (a cidade) não tinha a mesma situação", relembra. De acordo com Techima, o caderno de exigências é grande e são demandas que passam por questões políticas e econômicas - como garantia para instalações esportivas.

"Dentro da TI, há uma grande preocupação com a infraestrutura. As TVs vão demandar muito. Precisará de um sistema confiável. A geração de imagem será para o mundo inteiro e feita a partir do centro de TV", afirma, apontando telecomunicações como área que deve receber muitos investimentos. "Precisa também de gestão de radiofreqüência para comunicação por rádio durante as competições de rua."

Techima alerta que as redes de telefonia móvel, por exemplo, serão muito demandas. "Precisa de banda, preço e qualidade", constata. Apesar de alertar para esses pontos, ele acredita que - no caso do Rio - a infraestrutura já está avançada.

"O modelo de TI adotado no Pan segue recomendações olímpicas. Montamos centro de TI, o que aconteceu pela primeira vez na história dos jogos. Essa experiência de implantação tecnológica no Pan no deixou tranquilo", afirma Techima, que também esteve envolvido com a organização do Pan 2007.

Entre pontos positivos cujas experiências serão aproveitadas, ele elenca os sistemas de cronometragem, medição e de resultados. "Suporte de TI, rede de contribuição, sinais ao vivo, foi tudo em nível internacional."

Falsificação de ingressos

O diretor de infraestrutura da comissão RIO 2016 explicou ao IT Web que o Comitê Olímpico não fez nenhuma exigência específica sobre falsificação de ingressos e que, neste quesito, o que eles ficam muito atentos é em relação ao preço e disponibilidade. "Mas estamos com proposta bastante atraente."

Durante os Jogos Panamericanos de 2007, Techima conta que ocorreram alguns problemas, mas que tudo foi solucionado. A TI do Pan utilizou um sistema chamado Módulo Risk Manager, uma espécie de Business Intellingence (BI) para grandes operações. Essa plataforma concentrava todos os relatos de problemas, por onde também era possível fazer o acompanhamento. "Além de mapear ativos, ele permite criar ferramentas reais. Tínhamos escala com tempo e recursos limitados. Ele automatiza e prioriza."

Para o projeto Rio 2016, há um trabalho intenso para uma boa integração entre o sistema de emissão de bilhetes e o controle rígido dos acentos das instalações esportivas.

Além de falar sobre a Olimpíada 2016, pedimos um conselho para a organização da Copa 2014. "É importante trabalhar com tempo, garantir consistência e qualidade dos sistemas. É preciso também um bom modelo de governança para avaliação criteriosa de riscos e prevenção."


Por Vitor Cavalcanti

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