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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Celular no Brasil: muito espaço para crescer.


O Brasil continua a apresentar mensalmente significativas taxas de crescimento no número de adições líquidas na telefonia móvel, desempenho que o coloca na quinta posição mundial entre os países que mais incorporaram clientes no primeiro trimestre deste ano. Conforme o Global Wireless Matrix da Merril Lynch – que faz um minucioso estudo sobre a telefonia celular nos principais mercados do mundo – no primeiro trimestre deste ano, as operadoras brasileiras adicionaram às suas bases 4,9 milhões de novos usuários.

A atuação brasileira só foi suplantada pelas empresas da China, Índia, Indonésia e Paquistão. O Brasil, que fechou o primeiro trimestre com 127 milhões de usuários móveis, continua ocupando também a quinta posição entre os países com o maior número de celulares em serviço. China jamais perderá a liderança, e já conta com 575 milhões de telefones móveis em serviço; seguida pelos Estados Unidos, com 259 milhões; pela Índia, com 257 milhões; e Rússia, com 168 milhões.

Se os países em desenvolvimento são aqueles onde a telefonia celular mais cresce, o primeiro período deste ano foi marcado, conforme a Merrill Lynch, pela conquista, pelos países desenvolvidos, de 100% de taxa de penetração, o que teoricamente significaria que toda a população de um país rico tem um celular. Na prática, essa taxa demonstra que muitos daqueles com idade para carregar um celular têm mais de um aparelho.

Os países em desenvolvimento estão com uma taxa de penetreção de 48,6%, que, somada à taxa dos desenvolvidos dá uma média de 57%.


Taxa brasileira

A taxa de penetração brasileira, se é maior do que a média mundial – atingiu, no primeiro trimestre, 67% da população – é, por outro lado, menor do que a de quatro países latino-americanos, o que demonstra que há ainda muito espaço para o crescimento do serviço no mercado interno.

A Argentina fechou o período com 100% de penetração, seguida pelo Chile, com 90%; Venezuela, com 89% e Colômbia, com 74%. O México, onde a competição não é tão acirrada, apresenta a mesma taxa brasileira, de 67%. Somente o Peru, entre os países pesquisados pela consultoria, tem um número menor, de 54%.

A recente licitação de freqüências de terceira geração promovida pela Anatel e que obrigou a ampliação da cobertura para todo o território brasileiro em dois anos (o celular cobre 90% da população, mas não alcança mais da metade dos municípios) irá contribuir para o avanço do serviço entre a população brasileira.


Problemas

Mas outras iniciativas precisam ser adotadas pelas empresas e, mesmo, estimuladas pela Anatel, já que alguns indicadores brasileiros destoam dos demais mercados, demonstrando alguns problemas.

O primeiro problema é que o brasileiro usa muito pouco o celular. O Brasil apresenta uma das mais baixas médias nesse quesito, de 85 minutos falados por mês, atrás apenas do Peru, de Marrocos e das Filipinas. Também usa muito pouco o celular para a transmissão de dados, outra eficiente forma de comunicação. Apenas 8% das receitas das operadoras de celular brasileiras são geradas pela transmissão de dados, o que coloca o país na penúltima posição, somente à frente do Egito, com 6%.

Uma das razões para o brasileiro usar pouco o celular é o preço do serviço, que está em média US$ 0,18 o minuto, valor mais alto do que o apurado em mais de 30 países. Nesse preço, porém, está computado o valor da tarifa de interconexão (a VU-M). Essa tarifa, hoje 12 vezes maior do que a tarifa da rede fixa, precisa de um novo tratamento por parte da agência reguladora.



Por Miriam Aquino | Tele.Sintese

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