Empresa italiana vende modens e roteadores 3G para TIM, mas visa à aumentar parceiros e conquistar o mercado nacional
Com parceria já firmada com a TIM e com três produtos-chave no portfólio, a italiana Onda Mobile Communication aproveitou a Futurecom 2009 para anunciar que pretende fabricar seus produtos no Brasil, com objetivo de fornecer para o mercado nacional e também para a América Latina. Isto revela que, além de entrar no País, a empresa aposta na região para crescer. Dentro de cinco anos, a Onda espera que o Brasil represente cerca de 30% do faturamento global, encerrado 2008 em 100 milhões de euros.
Sem revelar valores, o presidente da Onda para a América Latina, Vincenzo Di Giorgio, explicou que a empresa avalia tanto a construção de uma fábrica própria como o aluguel de linhas de montagens. A escolha do modelo vai depender de benefícios fiscais. "Estamos fazendo uma consultoria para avaliar diversos aspectos. Queremos saber quanto custa. Podemos também alugar uma linha de produção de outros e depois montar fábrica própria. Precisamos ter qualidade", afirmou. A ideia é ter a fabrica no primeiro semestre 2010. De qualquer maneira, o anúncio deve ocorrer até o fim deste ano.
Atualmente, a Onda fornece no Brasil apenas para a TIM, mas estima vender, em 2009, 200 mil unidades de seus produtos. O portfólio conta com minimodem com TV Digital, roteador 3G e minimodem Ducati.
No entanto, a expectativa não é ficar limitada com a TIM. Assim, Giorgio calcula para o próximo ano vender entre 400 mil e 600 mil unidades, já prevendo parcerias com outras operadoras. "A TIM nos contratou como engenheiros da operadora, mas sem exclusividade para montar modem com TV digital. Hoje, 50% dos minimodens deles são nossos."
Estratégia Brasil
O País chama a atenção dos italianos, principalmente, pela capacidade de crescimento do mercado de celulares e banda larga móvel, ainda mais quando comparado à saturada Itália. No País, a companhia possui escritório com dez pessoas, mas sonha alto. "Queremos ter uma estrutura próxima à italiana, onde são cem pessoas", adiantou o presidente.
A meta para os próximos dois anos, esclareceu Giorgio, é transformar todo o lucro em investimentos. De início serão poucos produtos e, para fortalecer a marca e disputar a acirrada competição, a empresa aposta em inovação, qualidade e design. "Temos de sair na frente, ter qualidade diferenciada - não podemos ser um simples produto chinês -, além de primar pelo estilo e design italiano."
Por Roberta Prescott
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