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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Claro levará publicidade ao celular que recompensa usuário


Modelo da My Screen leva publicidade para celular desde que cliente autorize e gera recompensa para aqueles que visualizarem a peça

O mercado de publicidade móvel deve passar por grandes transformações nos próximos anos. Países da Ásia, sobretudo Japão e Coréia do Sul, estão avançados e os resultados já surgem. No Brasil, embora a modalidade de negócio ainda não tenha decolado, a Claro anuncia que, até o final do ano, estará com um modelo inovador, pelo qual o usuário será recompensado a cada peça publicitária que visualizar no aparelho.
A plataforma utilizada para esse tipo de abordagem é da norte-americana My Screen. Ela consiste na instalação de um aplicativo nos celulares - com consentimento do cliente - que enviará avisos de propaganda cada vez que o usuário encerrar uma chamada. Mesmo com a aplicação instalada, o consumidor poderá optar por assistir ou não a peça, fazer uma chamada, interagir e até repassar.
O modelo da My Screen é novo e de acordo com o presidente da Claro, João Cox, o Brasil será o segundo país no mundo a adotar a solução. O primeiro foi a Turquia que lançou o serviço recentemente. Trata-se de uma das novidades da operadora para este ano e é também algo que o executivo enquadra no pilar de inovação da companhia. "As marcas estão interessadas em conversar com o consumidor. A Claro está mais avançada e pró-ativa na busca dessas soluções (para mobile marketing)", comenta.
Conforme explicou a diretora de serviço de valor agregado (VAS, da sigla em inglês), Fiama Zarife, levantamento feito pela operadora com os meios de publicidade móvel disponíveis atualmente - basicamente SMS - a aceitação do público passa dos 50%. "Não é algo intrusivo, respeitamos a questão da permissão", avisa.
A novidade estará disponível a partir de dezembro, inicialmente, como explicou Fiama, para aparelhos com plataforma BlackBerry e Symbian, "pela facilidade no desenvolvimento". A expectativa é que, a partir de janeiro, outros sistemas operacionais, como Android e iPhone, integrem esse portfólio.
O modelo de negócio funciona da seguinte forma: a empresa interessada em anunciar procura a Claro ou mesmo a MyScreen (essa companhia possui uma grande equipe para este fim) e fecha o contrato. O valor pago pelo anúncio será partilhado entre a operadora e a fornecedora da solução. A Claro divulgou a solução para suas agências de publicidade, como a Olgivy e Nazca, e demonstra que a recepção foi boa. Ainda não está fechado como será a oferta de recompensa para os clientes, mas poderá vir em minutos de voz, wap ou pacote de torpedos.
Até porque, como explicou Fiama, isso depende da integração com a plataforma de pré-pago, por exemplo. Desta forma, a previsão é que as recompensas integrem o dia a dia do serviço a partir de janeiro. "Pode ter um jogo na aplicação. As marcas que oferecerem benefícios, ganharão. Pode ser um código de barras ou mensagem para ganhar desconto ou produto", exemplifica a diretora de VAS, sobre a oportunidade que se abre para os anunciantes.
A ideia da companhia é segmentar os anúncios para que os clientes recebam coisas do interesse e os anunciantes atinjam seus alvos. O modelo fornecido pela My Screen é bastante similar ao que oferece a francesa Prim"Vision, que esteve presente na Futurecom 2009. A companhia, que concedeu entrevista em vídeo ao IT Web, afirmou que já está em contato com algumas operadoras no Brasil para trazer sua plataforma, já em uso beta na França. A estratégia é a mesma: levar publicidade e compensar o usuário com crédito. A diferença é formatar um perfil dos usuários a partir de uma pesquisa inicial quando se instala o aplicativo e também fornecer opções sob qual momento enviar mensagens de anúncios disponíveis.


Por Vitor Cavalcanti / IT Web

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