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quarta-feira, 30 de setembro de 2009
16 anos de celular no Brasil. Passou rápido, né?
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Novo celular da Samsung tem 12 MP
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Samsung apresenta seu primeiro telefone celular de código aberto
sábado, 26 de setembro de 2009
Sony Ericsson se reposiciona para ganhar força
Marca fruto de uma joint venture passa por reestruturação, mas continua apostando no entretenimento
Unir duas empresas para gerar uma nova marca sem por em risco a identidade de cada uma delas não é uma tarefa fácil. Há quase oito anos, a Sony e a Ericsson apostaram nesta joint venture para produzir celulares, agregando valores das duas marcas. É também o que convencionou-se chamar de co-brand. De um lado havia o conhecimento da Sony focado em produtos eletrônicos, de outro, a experiência da Ericsson no mercado de telecomunicações.
A iniciativa deu origem a Sony Ericsson que hoje figura entre as cinco marcas de celulares mais vendidas do mundo, ao lado da Nokia, da Samsung, da Motorola e da LG. Segundo dados do Gartner, em 2008, a companhia vendeu mais de 93 milhões de aparelhos mundialmente, gerando uma receita líquida de US$ 16.754 bilhões.
O desempenho da Sony Ericsson, no entanto, está longe da finlandesa Nokia, líder de mercado. De acordo com o IDC, no ano passado, a Nokia possuía 40,9% de market share contra 8,4% da Sony Ericsson. Depois de muitas especulações sobre uma possível crise e o fim da parceria entre a Sony e a Ericsson, agora as empresas investem no reposicionamento da marca.
Foco em comunicação e entretenimento
A empresa foi criada em outubro de 2001 para mudar o mercado de telefonia móvel. E conseguiu. A marca lançou uma nova categoria de celulares quando uniu ícones da Sony como Walkman e Cyber-shot aos aparelhos.
“Nesses oito anos, a Sony Ericsson criou novos paradigmas. Antigamente, o celular era apenas um telefone. Hoje, eles são MP3 players e câmeras digitais”, diz Ana Peretti, diretora adjunta de Marketing da Sony Ericsson, em entrevista ao Mundo do Marketing.
A ideia de unir comunicação e entretenimento surgiu em 2005 com o lançamento do primeiro celular Walkman, até hoje um dos principais produtos da marca. O sucesso é tanto que ficou registrado no DNA da empresa. Agora, a companhia passa por um processo de reestruturação para que seja reconhecida como uma marca não só de comunicação, mas também de entretenimento.
Reposicionamento pretende unificar Grupo Sony
O reposicionamento da Sony Ericsson conta com duas principais mudanças. A primeira diz respeito à logomarca. “A nova logo traz movimento, como se fosse uma pincelada de tinta, injetando energia, otimismo e capacidade de inovar”, explica Ana. Além disso, o símbolo deixa de ter apenas uma cor para assumir sete cores diferentes. A estratégia pretende dar mais liberdade à imagem da marca.
A segunda mudança se refere à inserção do slogan make.believe (make dot believe), da Sony, em todas as campanhas. A proposta é unificar a mensagem para todas as empresas do Grupo Sony e dar mais força à Sony Ericsson.
De acordo com Ana, “make” representa a ação e a capacidade de transformar projetos em realidade, enquanto “believe” contempla as ideias, o espírito criativo e a capacidade de sonhar. Já “dot” funciona como conector do sonho à realidade. Para o reposicionamento, a Sony Ericsson também marca presença nos meios digitais.
Monitoramento de redes sociais para lançamento de produtos
No último ano, para lançar o modelo F305, a marca pediu que os internautas listassem quais são os momentos mais chatos do dia-a-dia. A ação promovia o aparelho que vem com um sensor de movimento para jogos móveis, uma espécie de Nintendo Wii dos celulares. A estratégia convidou os consumidores a terem um F305 para se beneficiar do jogo como forma de entretenimento em momentos de espera forçada.
A presença na internet também se estende às redes sociais. A marca monitora mensalmente o que é falado na web e usa os dados como fonte de pesquisa para o lançamento de produtos. Ao anunciar o modelo W995 – que permite que o consumidor assista a vídeos em uma tela de 2,6 polegadas –, a Sony Ericsson percebeu que o público estava satisfeito com a função e fez uma parceria com a MTV para carregar 10 vídeos do MTV Acústico nos aparelhos, que também vinham com um aplicativo do Youtube.
As pesquisas e o acompanhamento constante ainda possibilitaram que a empresa percebesse uma mudança de comportamento do consumidor. “Há quatro anos o celular tinha a função também de um aparelho de música portátil para ser ouvido individualmente. Hoje, o jovem quer compartilhar a música a partir de caixas de som”, comenta Ana, da Sony Ericsson.
Por isso, a marca lançou o modelo W395, que tem altofalantes estéreos mais fortes do que o comum para que assuma a função de um aparelho de som. No dia 19 de agosto um Ford Willys Itamaraty (foto), equipado com o aparelho, passou pela porta de casas noturnas de São Paulo convidando as pessoas a entrarem e ouvirem o som que tocava no carro para promover a novidade.
Celulares para todas as idades
Outra iniciativa inovadora da Sony Ericsson foi adaptar os celulares para o público infantil. Em 2007, a marca lançou aqui no Brasil dois modelos com estampas da Barbie e do Hot Wheels, em parceria com a C&A. “Identificamos que o público infanto-juvenil usa o celular, mas ninguém tinha desenvolvido um modelo específico para ele”, explica Ana.
Este ano, a marca lança globalmente o celular Hello Kitty, que chega ao mercado brasileiro para o Dia das Crianças. Os lançamentos são sempre acompanhados de ações que acompanhem o perfil do consumidor Sony Ericsson, “jovens de espírito e coração”, segundo Ana. A campanha de lançamento do W200, por exemplo, espalhou alguns aparelhos em carrinhos de supermercados do Carrefour. Por um mês, os clientes puderam ouvir músicas enquanto faziam compras.
Outra ação que se destacou no mundo inteiro levou 200 pessoas para verem o show do Jamiroquai em um avião a mais de 30 mil pés de altura. A iniciativa promoveu a linha Walkman, que na época vinha com conteúdo da banda, o que se repetiu por muitas vezes com artistas locais e internacionais como Madonna, Ivete Sangalo e Sandy & Junior, que tiveram conteúdos exclusivos nos aparelhos da marca.
Sony Ericsson muda na mesma proporção que o mercado
Além das ações e estratégias de Marketing para reforçar a marca no mercado, outro desafio da Sony Ericsson é se posicionar bem no segmento de smartphones. Com a força de marcas como a Apple e a própria Nokia, a empresa compete com inúmeros lançamentos da categoria.
Neste segmento, a aposta da marca é o modelo X1, lançado no início do ano exclusivamente para a Claro. Outra novidade da empresa para 2009 é o Satio. A estratégia de comunicação, antes focada apenas no público corporativo, passa a abranger um público geral. “Hoje muitos consumidores querem um smartphone para estar conectado o tempo todo. Os modelos servem para trabalho, mas também para a vida pessoal”, comenta Ana, da Sony Ericsson.
Independente da categoria, a Sony Ericsson tem uma certeza: o mercado está mudando e é preciso mudar também para continuar firme neste cenário. “Há uma convergência grande de aparelhos eletrônicos, por isso estamos evoluindo nossa estratégia de marca. O DNA da Sony Ericsson é o de inovação e a nossa reputação é a de criar novos paradigmas para o mercado”, diz Ana.
Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Telefônica conclui nova etapa do plano de melhorias do Speedy
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Redes móveis e IP vão liderar aumento de tráfego na AL
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Samsung lança chips móveis
Fabricante de celulares apresentou processadores de 1 GHz, sensor de câmera de cinco megapixels e tecnologia para integração de touch
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Demanda inesperada pelo 3G gera problemas na telefonia móvel
Essa demanda surpreendente não está limitada apenas a compra da banda larga móvel. O consumidor brasileiro também estaria fora da média mundial com relação ao tráfego de dados usando as tecnologias 3G. Segundo Valente, a média dos outros países é de uma demanda que vai de 1 a 2 Gb por usuário por mês. No entanto, o Brasil estaria com um tráfego individual na casa dos 8 Gb por mês. "É uma demanda muito maior do que a do resto do mundo. Se tivesse só a demanda de 2 Gb estava ótimo", comentou Jarbas.
Esse volume de tráfego está afetando também os serviços de voz móvel, segundo o superintendente, na medida em que a rede está sobrecarregada. Assim, registros de "erro de conexão", falta de sinal e quedas nas chamadas, que se tornaram comuns em diversas capitais, estariam sendo provocados pelo forte tráfego gerado pelo 3G nas estações rádio-base (ERB).
Plano de R$ 5 bilhões
Os problemas no tráfego teriam sido constatados pela Anatel há aproximadamente seis meses. Já nesta época, a agência criou dois grupos para negociação de soluções com as empresas, um de cunho técnico e outro estratégico. Uma ação espontânea tomada pelas operadoras foi a suspensão da publicidade dos modens 3G, como forma de conter em parte o avanço da procura pelos serviços de banda larga. Além disso, cada operadora deverá implementar planos de expansão da rede para suportar a demanda por dados.
Parte dos investimentos já estaria sendo feita, de acordo com Jarbas Valente. A estimativa da Superintendência de Serviços Privados (SPV) é que a planta de ERBs do Brasil, estimada em 46 mil, já tenha sido ampliada em cerca de 10% até o momento. Mas os investimentos devem continuar e o volume de recursos necessário para resolver os problemas não é pequeno.
Valente projeta que cada operadora deve ter que fazer um investimento médio de R$ 1 bilhão para o reforço de capacidade de sua infraestrutura. Com isso, o setor de telefonia móvel pode ter que desembolsar entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões a mais do que os investimentos previstos para colocar a oferta do 3G nos trilhos. Os problemas de voz estariam localizados na comutação, exigindo expansão nas centrais e nos backbones das empresas.
Banda Ka, Ku e C
Da parte da Anatel, há um planejamento para licitar novas licenças de exploração nas bandas Ka, Ku e C, consideradas de alta capacidade, para reforçar a transmissão de dados via satélite. A medida é necessária porque muitas localidades, especialmente em áreas rurais, são atendidas com banda larga via satélite. E os atuais satélites podem não estar conseguindo suportar a alta demanda de dados. A nova licitação deve ser feita ainda neste ano, comunicou o superintendente.
Mesmo com a localização da necessidade de expansão e reforço das redes físicas, a Anatel também continua atenta à necessidade de ampliação de espetro para a telefonia móvel. Para Valente, é incontestável que as operadoras precisam de mais faixas de radiofrequência para dar conta da expansão dos serviços e a agência continua trabalhando para que esta demanda seja atendida.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Cresce número de brasileiros que trocaram o telefone fixo pelo celular, diz IBGE
O telefone fixo perdeu o status de sonho de consumo, com um lugar especial na casa do brasileiro. A fatia de domicílios no país com apenas o serviço de telefonia móvel vem crescendo em ritmo acelerado. De 2001 para 2008, houve um salto de 7,8% (excluindo a zona rural da região Norte) para 37,6% (21,6 milhões de residências), de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com o economista do IBGE, William Kratochwill, a cada cem brasileiros, cerca de 39 residem em domicílios que possuem somente celular contra quatro que tem somente fixo. No Brasil, porém, 17,9% das casas ainda não contam com telefone nenhum.
"A tendência dos brasileiros é sempre buscar o mais barato. Enquanto o fixo estiver mais em conta para fazer ligações, as pessoas vão continuar tendo acesso", afirmou o economista àFolha Online, que disse não acreditar na extinção do serviço fixo no país devido a mensalidade.
Custos
Pesquisadores destacam que, se comparado com os Estados Unidos e a Europa, o custo para manter um celular no Brasil ainda é muito elevado. Em países mais desenvolvidos, o consumidor pode pagar 50 dólares por mês para ter acesso ilimitado a serviços de voz e dados pelo celular.
A Pnad 2008 afirmou também que 4,4 milhões de domicílios passaram a possuir algum tipo de telefone, de 2007 para 2008. Esse número aumentou graças ao celular que passou a existir em 4 milhões de residências no Brasil, de 2007 para o ano passado.
Assim, dada uma variação de 5,3 pontos percentuais, a participação de domicílios que possuíam algum tipo de telefone passou a ser 82,1%, o que representa 47,2 milhões de residências.
Pela possibilidade de adesão ao plano pré-pago, o qual o consumidor pode receber ligações sem ter créditos, grande parte da população de até dez salários mínimos deixou o fixo convencional de lado para dar lugar ao celular. Segundo a Pnad, dos 21,6 milhões de residências com o serviço de telefonia móvel, 20,3 milhões pertencem a casas de pessoas que ganham até dez salários mínimos.
Porém, os dados relacionados ao telefone fixo não são diferentes do celular. Dos 3,7 milhões de domicílios com uma linha fixa de telefonia, 3,5 milhões também pertencem a lares de pessoas que recebem até dez salários mínimos mensais.
Regiões
Entre as regiões brasileiras, o Norte apresentou o maior crescimento de adesão ao serviço de telefonia móvel, com uma elevação de 9,4 pontos percentuais (incluindo a zona rural). O número de domicílios com celular na região passou de 39,6% em 2007 para 49% em 2008, destacou a Pnad.
As outras regiões também registaram crescimento no setor de telefonia móvel. O Nordeste apresentou uma elevação de 8,7 pontos percentuais de domicílios que aderiram ao serviço, o Centro-Oeste mostrou 5 pontos percentuais, o Sudeste apontou alta de 4,8 pontos percentuais e o Sul 3,4.
Por Diana Brito
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Android HTC Magic chega ao Brasil
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Brasil tem maior índice de receptividade à propaganda pelo celular
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
LG segue mercado e anuncia celular Android
As únicas informações passadas pela fabricante são: o GW260 rodará plataforma Android, terá tela touch screen de três polegadas e teclado QWERTY. O aparelho estará disponível na Europa a partir do quarto trimestre. Nenhum outro detalhe sobre o primeiro celular com o sistema do Google foi compartilhado pela companhia.
"O LG GW260 será o primeiro smartphone para os consumidores ao oferecer uma nova e diferente experiência de usuário", informou Skott Ahn, presidente e CEO da LG Eletronics Mobile Communications Company. "Nosso objetivo é prover uma seleção de smartphones que satisfaça os mais variados gostos dos consumidores. O celular com Android é apenas um entre os diversos modelos de smartphones que planejamos lançar em todo o mundo nos próximos anos."
Uma diferente interface de usuário? Será que isso significa que a LG colocará sua interface S-Class no Android? Ou quer dizer que a companhia criará uma nova marca de interface para a plataforma open source?
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Motorola anuncia Cliq, seu primeiro smartphone com Android
Empresas de energia desejam espectro em 2,5 GHz para smart grid
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Nokia não vai adaptar celulares Linux a software de operadoras
Brasil quer ser referência em software livre em ambiente de redes de colaboração
Qualidade do produto e processos de desenvolvimento serão avaliados, segundo coordenador do CTI, Jarbas Lopes Cardoso
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Oi estreia banda larga de 100 Mbps em PE
O papel da TI nas redes sociais corporativas
Seis lições para preparar sua empresa para redes sociais
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
AT&T promete fazer iPhone navegar a 7.2 Mbps
Oi e Telefônica devem compensar consumidores
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
ProTeste denuncia Anatel ao TCU por improbidade administrativa
A Anatel pode ser alvo de processo do Tribunal de Contas da União (TCU) por improbidade administrativa de seus agentes caso uma denúncia feita pela ProTeste seja aceita pelo órgão de controle externo. A sugestão de abertura de processo para investigar irregularidades na atuação da agência, obtida com exclusividade por este noticiário e detalhada na edição deste mês de setembro da Revista TELETIME, é mais um golpe na agência reguladora, que tem sido alvo frequente de críticas de entidades de defesa do consumidor e autoridades públicas.
O mais recente desconforto pelo qual a agência teve que passar foi a rejeição de seu Relatório de Gestão 2008 pelo Conselho Consultivo da Anatel, que apontou falhas na prestação de contas da agência. Várias ações tomadas pela autarquia nos últimos tempos compõe a denúncia da ProTeste, como o imbróglio envolvendo a possibilidade de cobrança pela oferta de pontos extras pelas TVs por assinatura e a atuação com relação às falhas do Speedy da Telefônica.
Por ora, o TCU não se pronunciou se aceitará a denúncia e abrirá investigação sobre a responsabilidade dos agentes da Anatel nos problemas elencados pela associação de defesa do consumidor. De toda forma, os órgãos de controle externo já vêm conduzindo apurações sobre ações específicas da agência, como a aprovação da compra da Brasil Telecom pela Oi e o episódio de criação do informe de multas de elevado valor, citados no material da ProTeste. Assim, a denúncia pode colaborar com as investigações mesmo que não se constitua em um processo independente.
Operadora francesa pode comprar a GVT por quase US$ 3 bilhões
Empresa de telecomunicações e conteúdo Vivendi pretende comprar 100% da operadora de telefonia brasileira por 5,4 bilhões de reais.
HTC traz primeiro celular com Android ao Brasil
Executivos do Google haviam confirmado que plataforma chegaria ao País ainda neste ano
terça-feira, 8 de setembro de 2009
O futuro da Internet de bolso
Quando nasceu o protocolo WAP, no fim da década de 90, a Internet móvel ainda era vista com certa desconfiança pelo público. A experiência do usuário era frustrante e estava muito distante daquela vivenciada nas telas dos PCs. Uma década depois, a navegação pelo celular virou realidade, se populariza e, segundo especialistas, em pouco tempo passará a dar as cartas sobre a Internet tradicional, em razão da superioridade no número de aparelhos conectados e de usuários ao redor do mundo. Entre as tendências para um futuro próximo estão a criação de sites dinâmicos, que variam de acordo com a localização do usuário, e o suporte à tecnologia Flash, que hoje domina a Internet 2.0, sobretudo em conteúdos de vídeo. Mas um obstáculo a ser vencido é a babel de browsers e de linguagens de programação disponíveis.
A discussão ganha importância diante do atual cenário de explosão nos acessos a sites através de celulares.
Os números do UOL servem de exemplo. Em janeiro de 2008, a versão móvel do portal registrou 300 mil page views. Em dezembro do mesmo ano, saltou para 7 milhões. “Em 2009, já houve 300 mil page views em apenas um dia”, relata o gerente geral do UOL Celular, Fernando Carril. No iG, houve crescimento de 100% na quantidade de acessos móveis nos últimos sete meses. A Abril Digital tem registrado 5 milhões de impressões ao mês, somando as suas 17 marcas que têm sites móveis.
De um ano e meio para cá todos os grandes portais de conteúdo da Internet brasileira deixaram de ter apenas versões WAP de seus sites para criar páginas formatadas especialmente para smartphones. Alguns criaram versões especificamente para iPhone, aproveitando o sucesso e a facilidade de uso do aparelho da Apple. A tendência é seguida por diversas grandes corporações, fazendo aumentar a demanda por desenvolvedores capazes de criar sites adequados para as telas dos celulares.
“A quantidade de pedidos aumentou 30% de um ano para cá”, conta Carlos Camolesi, diretor geral da Pinuts Studio, que desenvolve aplicativos e sites para terminais móveis.
A corrida das grandes marcas para terem sites móveis serviu para evidenciar a enorme fragmentação da Internet móvel atual. Ao criar um site para celular, o web designer se depara com uma verdadeira babel de browsers, linguagens de programação, domínios para sites móveis, tamanhos de tela, interfaces etc. “Fazemos de 40 a 50 versões do mesmo site”, afirma Marcelo Castelo, sócio-diretor da F.biz, agência de publicidade digital que vem se destacando no mundo móvel.
No que concerne à linguagem de programação dos sites, há três principais.
A mais antiga em vigor é o WML, usada pelos celulares low end, com acesso via WAP. Nos celulares de gama média e em alguns smartphones é usado o XHTML, uma versão adaptada do HTML conhecido da Internet tradicional. Alguns aparelhos mais novos, como o iPhone, leem o HTML da Internet.
No segmento de browsers móveis, a variedade é tão grande quanto a de sistemas operacionais para celulares.
Acredita-se inclusive que uma briga está relacionada à outra. Para Omarson Costa, gerente de desenvolvimento de negócios para América Latina do Online Services Group da Microsoft, a empresa que vencer a guerra pelo cérebro dos smartphones conquistará também a liderança nos browsers. A Nokia, com o Symbian e seu browser próprio, é hoje a líder desse mercado. A Apple usa o Safari no iPhone. Para os fabricantes que utilizam o sistema operacional Windows Mobile, a opção costuma ser a versão móvel do Internet Explorer. O Firefox vem testando um browser para celulares chamado Fennex. E enganase quem pensa que as operadoras estão alheias a essa briga. A TIM, por exemplo, escolheu o Opera Mini como o navegador oficial a ser recomendado para diversos modelos de aparelhos vendidos pela companhia. “O Opera Mini permite uma compactação maior de dados”, explica o gerente de serviços de valor adicionado (SVA) da TIM, Alexandre Buono.
Vale lembrar que a maioria dos browsers para celulares não suporta páginas criadas em Flash, linguagem comumente usada por boa parte dos sites da Internet tradicional. Mas isso mudará em breve. O recém lançado Nokia 5800 já suporta navegação em Flash. A próxima versão móvel do Internet Explorer também será capaz de acessar páginas desse tipo. E comenta-se no mercado que o novo celular do Google dará o mesmo passo.
Falta padronização também na hora de definir qual será o endereço de uma página móvel. Em 2005 foi criado o domínio “.mobi”, recomendado para sites desenvolvidos para celulares.
Porém, a adesão ainda não é grande. A maioria dos portais preferiu criar prefixos ao seu endereço real, como “m.terra.com.br”. A vantagem é não ter que fazer um registro novo e pagar por ele. Os sites WAP seguem essa idéia, acrescentando “WAP.” à frente do endereço original. Para muitas fontes, essa falta de padrão só confunde e atrapalha a cabeça dos consumidores. Por isso mesmo, o caminho que tem ganhado mais força é também o mais simples: manter o mesmo endereço da web tradicional, mas redirecionar o usuário para o site móvel apropriado ao modelo do telefone.
Boa parte dos grandes sites é capaz de fazer essa identificação e realizar o redirecionamento. Isso pode ser feito através de variadas informações enviadas pelo celular durante a navegação, dentre elas o próprio browser utilizado no aparelho.
Guetos móveis?
No campo da interface com o internauta, houve uma verdadeira revolução com a chegada do iPhone e de outros aparelhos touch screen. Antes, os desenvolvedores precisavam apenas ajustar o site móvel de acordo com os botões de controle dos telefones de cada fabricante. Agora, surgiu a necessidade de se criar sites especialmente para os modelos touch screen, levando em conta sua interface diferente. Essa tendência levantou uma dúvida: será que a Internet móvel se fragmentará a ponto de surgirem espécies de guetos? Uma coisa é adaptar um site para um browser ou para uma tela diferente.
Outra coisa é fazer uma versão nova de um site, com conteúdo diferenciado para um determinado modelo de aparelho.
Haveria uma tendência de segmentação do conteúdo dos sites para cada grupo de celulares? A maioria dos grandes portais atuantes no Brasil nega a intenção de segregar os usuários de Internet móvel com conteúdos diferentes de acordo com os aparelhos. Mas a verdade é que algumas diferenças técnicas entre os telefones acabam influenciando no conteúdo.
O iPhone, por exemplo, usa um browser habilitado para streaming de vídeo, o que fez com que UOL e Terra disponibilizassem conteúdos audiovisuais nas versões de seus sites para o celular da Apple, o que não acontece nas demais. Ao mesmo tempo, continuam existindo versões WAP dos portais e elas contêm menos notícias. A homepage do Terra em WAP, por exemplo, possui apenas três notícias, não expõe imagens e vende ringtones e wallpapers.
Atualmente, especialistas enxergam, grosso modo, três grandes grupos de telefones no que concerne o desenvolvimento de sites móveis: 1) os touch screen; 2) os demais smartphones e os feature phones; 3) os de gama baixa, que acessam via WAP.
Quase todos os grandes sites da Internet estão criando uma versão diferente para cada um desses grupos.
Acredita-se que a figura do celular de gama média ou feature phone tenda a desaparecer no futuro. Os celulares serão ou smartphones ou aparelhos low end, estes últimos voltados mais para serviços de voz. Com isso, espera-se ainda uma longa sobrevida do WAP para atender aos celulares de gama baixa. E a tendência é que haja uma polarização do conteúdo da Internet móvel entre esses dois extremos: sites para smartphones de um lado (incluindo os modelos touch) e sites WAP para gama baixa de outro.
Internet tradicional
Além da segmentação dentro da própria Internet móvel, existem também diferenças de conteúdo entre a Internet tradicional e aquela acessada pelos celulares. “A única coisa em comum é o protocolo TCP/IP. De resto, são duas Internets diferentes”, afirma Costa, da Microsoft.
A maioria dos portais publica em suas versões móveis apenas parte do conteúdo presente em suas páginas originais da web. Muitos têm editores contratados especialmente para fazer a escolha de quais notícias devem entrar na versão móvel e quais ficam de fora. O número de seções e de serviços também é reduzido. “A experiência no celular é diferente. Vamos ter sempre dois ambientes convivendo”, explica a diretora de SVA da Claro, Fiamma Zarife, referindo-se à Internet tradicional e móvel. “Há diferenças entre ler impresso, ler no site e ler no celular.
Priorizamos conteúdo para se ler em mobilidade”, completa Gabriel Mendes, gerente de mobilidade da Abril Digital. No processo de seleção das notícias, ganham a preferência aquelas sobre trânsito, dicas de lazer e previsão do tempo. Contudo, é sempre concedida ao usuário a possibilidade de navegar pelo site tradicional dos grandes portais através do celular: a opção costuma vir no pé das versões móveis, na forma de link.
Na contramão da maioria dos seus concorrentes está o iG. A empresa aposta em uma unificação entre a Internet tradicional e móvel no futuro e molda sua estratégia a partir dessa premissa. “No futuro, não fará diferença a porta de acesso. O conteúdo será o mesmo e terá a mesma navegabilidade”, aposta o gerente de mobile do iG, Ricardo Ferro. O portal prepara uma versão especial para iPhone, cujo lançamento está previsto para acontecer entre junho e julho.
Porém, quem acessar o iG pelo celular da Apple não será diretamente redirecionado à versão especial.
Em vez disso, verá a homepage tradicional do iG.
“Nosso site original roda muito bem em um iPhone”, argumenta Ferro.
Futuro
Independentemente das divergências entre browsers, interfaces e linguagens de programação, existe uma tendência da Internet móvel na qual todos concordam: o uso da localização associada ao conteúdo do site. Especialistas esperam que em um futuro não muito distante as páginas da Internet móvel tenham um conteúdo dinâmico de acordo com o posicionamento do usuário. Um site de cultura poderia apresentar dicas de lazer próximas ao internauta, quando este o acessasse do celular. Segundo Camolesi, da Pinuts, existe um protótipo de um site internacional de viagens que estaria estudando a adoção de tal recurso.
Outra fonte revelou que um banco brasileiro estaria analisando a possibilidade de informar os caixas eletrônicos mais próximos do cliente automaticamente no site móvel. Há, porém, algumas questões técnicas que precisam ser levadas em conta. O ideal seria usar a informação de celulares que tenham GPS embutido, que ainda são poucos no mercado.
O iPhone tem GPS, mas seu kit de desenvolviment o para web design não permite ainda o uso do recurso, hoje limitado para a criação de aplicativos.
Com a popularização dos smartphones, há também quem acredite que no futuro a Internet móvel influenciará muito mais a Internet dita tradicional que o contrário. Ou seja: não se falará mais em adaptação de páginas para o celular. Mas de adaptação de páginas para o PC, pois a criação do site será feita pensando na mobilidade e nos demais recursos de smartphones e netbooks. Só não se sabe quando esse dia chegará.
Operadoras de telecomunicações investem em cloud computing
Já faz algum tempo que empresas de telecomunicações oferecem serviços de tecnologia da informação e flertam com novas tendências de infraestruturas baseadas na internet. É um movimento natural, uma vez que essas companhias já têm tradição em administrar redes e fornecer soluções para demandas variáveis.
O fortalecimento de tendências computacionais como software como serviço e computação nas nuvens é mais uma oportunidade. E o grande diferencial dessas empresas é a própria infraestrutura de telecomunicações e seu grande alcance nas diversas regiões do País.
Mas para competir com os fornecedores de tecnologia com alto grau de sofisticação há um longo caminho pela frente. O analista da consultoria TGT Consult, Pedro Bicudo, acredita que nos próximos cinco anos o setor de telecomunicações não terá força para competir com os grandes atores do mercado. “Vai levar muito tempo até que uma empresa de telecomunicações adquira força suficiente para competir com companhias como EDS, Accenture, Google, Microsoft, Yahoo, algumas delas com foco muito grande em seus nichos específicos”, diz Bicudo.
Para o analista, no futuro o mercado será de quem dominar a cadeia de valor. Dá para fazer uma analogia com a Coca-Cola: a empresa faz a fabricação, controla a cadeia de distribuição e ainda tem domínio sobre contratos realizados com varejistas e grandes empresas do ramo de alimentação. “Hoje, é possível dizer que essa cadeia é dominada pela Microsoft, graças à habilidade que a empresa tem de estabelecer e manter parcerias para fazer com que suas ferramentas cheguem em um status privilegiado ao mercado”.
Embora dominem as infraestruturas de rede, as companhias de telecomunicações não terão facilidade para quebrar essa cadeia de valor. Na área de tecnologia, boa posição no mercado não se compra, constrói-se ao longo dos anos.
O analista da consultoria IDC, Reinaldo Roveri, acredita que as operadoras têm grande potencial de se tornar importantes players do mercado de tecnologia da informação fornecendo desde hospedagem de infraestrutura, segmento no qual algumas já atuam. Mas para isso elas terão de se contentar com os clientes menos exigentes com relação à sofisticação das soluções, pelo menos nos próximos anos.
Pontos fracos e fortes
A falta de tradição e de experiência no fornecimento de serviços de TI, por si só, já poderia ser considerada uma das grandes desvantagens das companhias de telecomunicações, mas elas ainda sofrem com um problema ainda mais básico: deficiência no seu negócio principal. Não raro, os serviços sofrem panes, deixam milhares de usuários sem acesso à internet e, nos piores casos, sem acesso à rede de telefonia.
Para Roveri, as operadoras ainda têm que realizar muitos investimentos para garantir acordos de níveis de serviço adequados para operações mais críticas. A entrada com força em cloud computing e serviços gerenciados de TI vai depender de as companhias ganharem essa capacidade e o respeito dos consumidores como fornecedores no qual se pode confiar.
“Isso não vai acontecer no médio prazo. Nos próximos anos, as operadoras não vão conseguir oferecer serviços de alto valor e a maioria delas terá de se concentrar em fornecer produtos complementares às redes de telecomunicações”, diz. E, para chegar a um status maior, os investimentos terão que ser muito altos, principalmente em recursos humanos. A força de trabalho especializada em áreas mais sofisticadas de tecnologia é cara e difícil de ser encontrada no mercado.
Apesar das fraquezas, uma vantagem competitiva pode ser destacada: computação em nuvens e infraestrutura como serviço implica em criar um modelo de cobrança complexo, variável, de acordo com o uso. As companhias de telecomunicações são as que têm os sistemas mais avançados de cobrança nesse quesito, o que pode ser essencial para um modelo de negócios bem sucedido.
Por Rodrigo Afonso, da Computerworld