Em meados de março de 1993, chegavam os primeiros aparelhos de telefonia celular no Brasil. A tendência móvel que já começava lá fora, aportava em nossas terras com ares de luxo para pouquíssimos afortunados. Lembro que São Paulo foi a primeira das cidades brasileiras a ter celulares. Foi um frisson. Gente esnobando aparelho na rua... era um artefato para poucos, pois os preços tanto do aparelho quanto da linha eram bem proibitivos. E o sinal não era lá essas coisas, com muita instabilidade.
Ainda lembro dos primeiros celulares à venda. Aquele modelo UltraTac da Motorola era o “top” de linha, mesmo sendo um tijolaço de tão pesado. Os executivos o carregavam na mala, e não no bolso. Lembrava muito os telefones sem fio caseiros que temos hoje. E quando a Motorola lançou o primeiro modelo StarTac que era dobrável, foi uma revolução estética. Mesmo com as famigeradas antenas.
De lá pra cá, os preços foram caindo e as ofertas se diversificando, tanto por parte das fabricantes quanto das operadoras. E a cada ano as evoluções eram mais rápidas. Muitas foram as tecnologias de conexão discutidas e ainda hoje são testadas.
16 anos depois, o cenário é outro. O celular se integrou ao nosso cotidiano. O número de conexões em redes de telefonia móvel no Brasil até julho deste ano ultrapassou a marca de 161,9 milhões. A tecnologia evoluiu e temos aparelhos que ocupam um décimo do espaço dos primeiros modelos. Navegamos via 3G. Temos smartphones que se aproximam de computadores na palma da mão (e sem antenas, ainda bem). Falar é só um detalhe, pois ouvimos música, jogamos e assistimos a vídeos neles. E há um relacionamento mais estreito das operadoras com os clientes.
O mais importante pra mim foi o seguinte: a relação que criamos com os celulares. Dá pra imaginar, hoje, um dia sem o seu celular? Dá pra imaginar alguém que não tenha um? É um avanço da tecnologia que anda junto conosco, no dia-a-dia e creio que ainda está em transformação. Para o quê, ainda não sabemos. Quem viver, ouvirá.
Por Anderson Costa | ClaroBlog
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